Após 21 anos, o Hospital da Mulher da Unicamp deixou de receber pacientes por demanda espontânea. A partir de agora, as pacientes serão transferidas por meio da Central de Regulação do Estado. Isso significa que todas as mulheres precisam ser encaminhadas para outros hospitais de Campinas e outras 61 cidades. De acordo com o superintendente do Caism, professor Luiz Sarian, essa mudança visa focar no atendimento de alta complexidade. "É um ganho muito grande para todos nós, porque todos nossos casos de pronto atendimento serão referenciados, ou seja, as unidades de saúde vão selecionar aqueles casos que realmente precisam dos atendimentos de alta complexidade do Caism." Atualmente, o hospital possui 134 leitos, sendo 36 de UTI, onde 30 são de neonatal e seis de UTI adulto. A demanda espontânea do pronto atendimento recebia, em média, de 25 a 40 pacientes, fazendo com que 30% dessas estruturas fossem utilizadas apenas por essas mulheres. Apesar dessa alteração, Sarian afirma que ninguém deixará de ser atendido. "As pessoas que estiverem em situação de urgência e emergência serão atendidas como sempre foram. Os outros sistemas que nós temos como, por exemplo, as pessoas vítimas de violência continua tudo igual."