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Calor pode trazer riscos para os pets

Foto: Henrique Bueno

Estamos no verão, e nesta época do ano é muito comum a temperatura passar dos 30°C. Por isso, é necessário tomar alguns cuidados com os pets, já que eles não transpiram como nós.

Segundo a médica-veterinária Dra. Sylvia Angélico, os cães e gatos, por exemplo, diferente dos humanos, não possuem muitas glândulas responsáveis pelo suor. “Nós temos várias glândulas sudoríparas na nossa pele, e isso deixa nosso corpo úmido e com a evaporação a gente consegue se refrescar. Os cães e os gatos não suam dessa maneira. Eles fazem uma troca de calor ofegando, eles abrem a boca, põem a língua para fora, fazem a respiração dessa maneira, o ar entra boca e é resfriado por uma passagem de vasos sanguíneos no focinho.”

Segundo a especialista, é importante que o pet esteja confortável neste calor para evitar qualquer complicação. “Onde tiver um piso mais fresquinho, como cozinha ou uma cerâmica, eles vão estar. Muitos clientes têm comentado que os pets estão recusando a primeira refeição do dia ou comendo muito abaixo do que o normal. Esses são incômodos leves, a gente tem um perigo muito grande que é o hiperaquecimento.”

O hiperaquecimento, também conhecido como superaquecimento, ocorre quando a temperatura corporal do animal aumenta mais que o comum devido à exaustão por calor. Normalmente, quem sofre mais com esse problema são os cachorros de nariz achatado, como pugs e bulldogs.  

Felizmente, não é difícil detectar os sintomas do superaquecimento. “Primeiro a gente tem que colocar a mão no animal e sentir ao toque que ele está muito quente. A respiração do animal vai estar pesada, difícil, muito acelerada e ele pode ter uma salivação excessiva. Os olhos podem perder o brilho e ficar sem foco. A frequência cardíaca vai estar muito acelerada, ele pode ter fraqueza, desmaiar, um andar descoordenado e tropeçar. Ficar de olho na língua e na gengiva, elas podem adquirir uma coloração vermelha bem vinhoso escuro. Em casos mais extremos pode haver convulsões, perda da consciência, vômito e diarreia, que pode ter sangue ou não.”

De acordo com a doutora, se o pet apresentar algum desses sintomas mais graves é preciso agir rápido. “Leve esse animal para a área mais fresquinha que você tiver acesso, se tiver ventilador ou ar-condicionado melhor ainda. Vai tentar servir uma água fresca para esse animal, mas evitar forçar a ingestão. Vai colocar água fresca na cabeça, no pescoço e na parte interna dos membros. Não usar água gelada, mas fresca. Pode cobrir esse animal com uma toalha molhada e, obviamente, já vai ligando para o veterinário mais próximo para levar esse animal.”

E com as pancadas de chuvas que estão previstas para as próximas semanas, é possível que o clima fique um pouco mais suportável para esses animais. 

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