Nos últimos dias Campinas registrou duas mortes em decorrência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada por influenza na cidade. As vítimas foram uma menina de 12 anos em 30 de dezembro de 2021, e uma mulher de 89 anos em 2 de janeiro de 2022. Ambas tinham comorbidades, estavam vacinadas contra a Influenza, e foram vítimas da gripe tipo A.
A data de início dos sintomas é a considerada para registro, portanto, os dois óbitos foram contabilizados em 2021. No balanço do ano foram 27 casos de SRAG por influenza, com essas duas mortes, quase o dobro de casos de 2020, quando houve registro de 15 casos, e nenhum óbito. Em 2022 há dois casos de SRAG por influenza, e nenhuma morte até o momento.
A busca por atendimento de pessoas com sintomas respiratórios na rede municipal de Saúde disparou nas últimas semanas em Campinas. A procura está cinco vezes acima do normal para a época. O Diretor Técnico da Rede Mário Gatti, Carlos Henrique Arca, afirma que a cidade está adotando medidas para absorver a demanda. “Nós mantivemos toda estrutura já montada anteriormente para atender a covid, o que nos deu uma calma no final do ano e agora está retornando, então a estrutura se manteve, o quadro de recursos humanos, médicos, enfermeiros e técnicos está sendo reforçado para garantir esse atendimento”
Para Arca, o que mais preocupa no momento são as internações infantis. “A nossa preocupação maior são as crianças, tem um número muito grande de crianças com menos de dois anos precisando de internação em unidades respiratórias, e nossa ocupação chega perto de 100%, o que nos preocupa mais neste momento”.
E não é apenas na rede municipal de saúde que a procura aumentou. Na rede particular também há uma grande demanda no momento. Prontos-socorros de hospitais como Samaritano, Renascença e o Centro Médico apresentavam grande volume de pacientes nesta quinta-feira, dia 6 de janeiro, tanto para atendimento adulto quanto pediátrico.
