A Defesa Civil do Estado emitiu um alerta informando que entre terça, dia 11, e quinta, dia 13, há a possibilidade de tempestades com por raios, ventos e até granizo na região de Campinas. A previsão é de acúmulo de 80 milímetros de chuva em 72 horas, e por isso o órgão está atento às áreas mais vulneráveis, pois há riscos de alagamentos, enchentes, deslizamentos, além de ocorrências relacionadas a raios e ventos.
Em Campinas 18 setores de risco são monitorados pela Defesa Civil, alguns deles são locais com sucessivos alagamentos, como o “Beco do Mokarzel”, na rua Quinze de Novembro, em Sousas. Ele fica bem próximo ao Rio Atibaia, e quando há cheia do rio, a rua alaga. O segurança Adrian Pereira, de 26 anos, mora no local desde que nasceu, e pede uma solução definitiva para o problema. “Todas as enchentes, peguei aqui, as piores foram em 2015, perdemos tudo, é difícil, só que a gente já tá acostumado, não importa se o rio encher ou deixar de encher, a gente nasceu aqui e daqui a gente não quer sair, nós temos uma infância, somos tudo família aqui, só resolva o problema da enchente”.

Nos últimos anos a prefeitura removeu alguns moradores, especialmente aqueles que estavam na margem do rio. A aposentada Antônia Coelho, que mora em um ponto mais afastado da margem, afirma que já se acostumou com a situação. “Você sabe que até acostumei? Até me acostumei, me preocupo mais com o pessoal lá embaixo, meus filhos, os filhos deles, tem criança pequena ali embaixo.” Antônia conta que a Prefeitura já tentou convencê-la a deixar o local, mas ela não aceitou.
Em nota, a prefeitura de Campinas informou que todas as áreas de risco de Campinas são monitoradas pelo Defesa Civil e pela Secretaria Municipal de Habitação – SEHAB.
De acordo com o que dispõe a Operação Verão 2021/2022, a SEHAB mantém equipe técnica mobilizada em condições de atuar, a qualquer momento, junto com os demais órgãos públicos integrantes da “Rede de Alerta de Desastres do Sistema de Proteção e Defesa Civil de Campinas”.
Em casos de necessidade de remoção de famílias de áreas de risco, elas são encaminhadas para o programa de Auxílio Moradia Emergencial e receberão o benefício desde que cumpram os requisitos previstos em lei.