Comerciantes e profissionais de saúde que estão instalados em um quarteirão da Avenida Benjamin Constant, no Centro de Campinas, estão assustados com a onda de roubos no local e contabilizam o prejuízo. Um imóvel, que fica entre os cruzamentos com a Rua Barão de Jaguara e a Avenida Francisco Glicério é dividido em vários estabelecimentos, onde funcionam óticas, lanchonete, consultórios odontológicos e lojas. Desde a virada do ano, os proprietários sofrem as consequências da ação dos vândalos.
Um dos estabelecimentos está vazio e teve a janela arrombada. Segundo os lojistas vizinhos, o local tem servido de abrigo para os bandidos, além de dar acesso aos demais estabelecimentos do quarteirão. Na madrugada desta quarta-feira, a fiação foi roubada deixando algumas lojas e um consultório odontológico sem luz.
Celi é proprietária de uma ótica e teve toda a tubulação e fiação de seu ar-condicionado furtado pelos bandidos. Ela afirma que esse tipo de roubo tem acontecido com frequência neste quarteirão da Avenida Benjamin Constant. “Isso está ocorrendo (com frequência) nesta quadra especificamente. Ali teve mais uns ocorridos, como eu fiquei sabendo. Mas do meu caso é isso (roubo do ar-condicionado), que numa loja pequinininha, em tão pouco tempo acontecer tantas ocorrências”, disse.
Crislan tem uma loja de acessórios para celular e disse que há tempos convive com roubos e furtos em seu estabelecimento. Além desse transtorno, agora a fiação elétrica de sua loja foi roubada e ele está há quase três dias sem luz. Segundo ele, as autoridades de segurança sempre foram acionadas, mas ainda não houve nenhum efeito prático. “Já faz um tempo que está tendo alguns assaltos aqui na redondeza, na Benjamin Constant com a Barão de Jaguara. E a gente já acionou as autoridades. Porém não tiveram eficiência em chegar até o ocorrido. E agora na virada do ano, roubaram os fios daqui da loja”, disse.
O consultório odontológico que funciona no quarteirão teve um prejuízo ainda maior. Além de ter a fiação elétrica e o ar-condicionado roubados, o exercício da atividade teve de ser interrompido e todos os pacientes tiveram que ser remarcados. A recepcionista da clínica, Andreia Toledo disse que ainda não foi possível contabilizar o prejuízo. “Levaram tudo, a gente está há três dias com a clínica parada e estamos bem vulneráveis nessa situação. E não é só a gente”, afirmou.
Em nota, a prefeitura de Campinas informou que a Guarda Municipal realiza diuturnamente o patrulhamento na região central da cidade. As operações foram intensificadas durante a Operação Natal e serão reforçadas novamente. Com relação ao local citado na reportagem, a GM vai intensificar o patrulhamento.
