Operação da PF cumpre três mandados de busca e apreensão na região

Ação Polícia Federal
Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (20) a Obducto (que significa “oculto”). O objetivo é apurar o crime de ocultação de capitais por seis pessoas que teriam servido como “laranjas” para um indivíduo, ou uma quadrilha, que retirou ilegalmente cerca de R$ 300 mil da conta de uma vítima. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo três na região: dois em Santa Bárbara D’oeste e um em Sumaré. Os outros três foram cumpridos na capital paulista.

A investigação teve início a partir de informações fornecidas por uma corretora de investimentos, que identificou o roubo de identidade de uma conta de um cliente. O delegado da Polícia Federal, Edson Geraldo de Souza, deu detalhes de como o criminoso agiu. “O criminoso conseguiu assumir a identidade do cliente da corretora fazendo portabilidade de celular, a partir disso ele conseguiu entrar em contato por videochamada com a corretora de investimentos, e com isso ele conseguiu fazer as alterações necessárias para assumir completamente a identidade”.

Este dinheiro foi encaminhado para contas duas contas: uma da Caixa, em Campinas, e outra do Banco do Brasil, em São Paulo. Dessas contas, o dinheiro foi transferido para outras seis, pertencentes a quatro mulheres e dois homens, que foram os alvos da operação.

De acordo com a Polícia Federal, três dos investigados já tem registros criminais de estelionato ou falsidade ideológica. As investigações buscam identificar quais outros crimes eles podem estar auxiliando na ocultação de capitais e lavagem de dinheiro. “Nós seguimos três linhas de investigação: Os dados cadastrais obtidos na operadora de telefonia, os IPs das videochamadas, e o terceiro foi rastreamento do dinheiro. Na linha telefônica nós batemos com documentos falsos, nos IPs chegamos a um proxy nos EUA e dois outros IPs no Brasil, e nas contas bancárias nós chegamos a esses endereços onde realizamos buscas”.

A PF agora utilizará o material apreendido nas investigações para chegar ao criminoso que retirou ilegalmente o dinheiro da conta da vítima. Segundo o delegado, há a suspeita de que essa pessoa faça parte de uma quadrilha especializada em outros crimes financeiros.

* Atualizado às 12h08

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