O sinal de alerta está ligado nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jaguari. As chuvas bem abaixo da média do ano passado já levaram cidades da região a adotar racionamento. Valinhos e Vinhedo são exemplos na Região Metropolitana da adoção da medida por causa da situação crítica dos mananciais.
E os números mostram o quanto 2021 foi seco. No ano passado, a quantidade de chuva foi 22% menor do que o esperado. E com menos chuva, os rios e reservatórios também sofrem o impacto desse fenômeno e diminuem as vazões, e a consequência é a menor oferta hídrica.
Por isso o Consórcio PCJ liberou um Boletim no qual atenta para a tendência de diminuição de chuvas e das vazões dos rios das bacias da região. O objetivo é alertar municípios e empresas, além da comunidade, sobre a situação hídrica e garantir o preparo para possíveis momentos de escassez. O coordenador de projetos do Consórcio PCJ, José Cezar Saad, afirmou que 2022 não deve ser muito diferente e é preciso ter planejamento.
O documento relata, também, que as chuvas no Sistema Cantareira, importante manancial para as Bacias PCJ e a Grande São Paulo, foram as menores já registradas para períodos sem crises hídricas, desde o ano 2000. Esse número só não foi pior que o de 2014, durante a mais grave crise hídrica já registrada.
Para piorar, o coordenador de projetos do Consórcio PCJ disse que muitos planos que poderiam ajudar a diminuir o impacto da falta de chuvas ainda seguem muito lentos. José Cezar Saad destaca as barragens de água bruta que ainda estão em fase de construção nas cidades de Amparo e Pedreira, mas que vão precisar de um sistema para levar a água às cidades da região.
A entidade segue com a recomendação de atenção e indica que campanhas de para o uso racional da água sejam intensificadas mesmo durante o verão, já que a chuvas vão acontecer, mas podem não ser suficientes para a recarga dos mananciais das Bacias PCJ.