Mais uma vez, Campinas foi atingida por uma tempestade e o volume em 24 horas ultrapassou 115 milímetros. Somente na noite desta quarta-feira, 26, foram 77 milímetros. Para se ter uma ideia, a quantidade de chuva corresponde a 37% do que é esperado para a média do mês de janeiro.
E com isso, as cenas de alagamento e destruição se repetiram. Um dos pontos afetados é a região do Curtume, no Parque Industrial, com o transbordamento do Córrego Piçarrão. A rua no entorno do prédio virou praticamente um rio. A água chegou a invadir o estacionamento do edifício em frente, na Av. Dr. Carlos de Campos.
De acordo com Simeia, analista financeira e moradora do prédio, a situação foi impressionante. “Há cinco anos que eu moro no condomínio, eu nunca vi a situação que foi com a inundação e a tragédia que aconteceu com a chuva. Nós estamos assustados com a situação, tiveram moradores que precisaram tirar os carros do subsolo. Pedimos uma providência imediata o mais breve possível.”
Outro morador, Ronaldo Patricelli, informou que foi necessária uma mobilização dos moradores para que os carros não fossem afetados. “O que nós enfrentamos aqui foi o pior das chuvas. As águas vieram subindo e invadiram a garagem do subsolo. Foi uma correria total, nós temos um grupo do condomínio, nós pedimos para os moradores tirarem os carros e colocarem nas vagas mais elevadas a fim de salvar os carros. ”
No Piçarrão, foi necessário a interdição por conta de concretos que foram arrancados pela força da chuva. Um carro e uma moto ficaram ilhados na via. Assim como na Avenida Princesa d’Oeste, onde um veículo chegou a ser levado pela água.
De acordo com a Defesa Civil, a partir das 19h, foram contabilizados 15 alagamentos em casas de diversos bairros da cidade. Além de seis alagamentos em vias públicas. Houve também o registro de quatro quedas de muros e pelo menos 14 quedas de árvores.