O ex-prefeito de Campinas e presidente do diretório paulista do PSB, Jonas Donizette, se reuniu com o ex-governador Geraldo Alckmin nesta segunda-feira, onde trataram do xadrez eleitoral que se desenha para o pleito de outubro. Os dois discutiram as possibilidades que se desenharam nas últimas semanas para o processo eleitoral. Alckmin rompeu com o PSDB e agora busca um partido para participar da disputa.
Inicialmente ele pretendia concorrer mais uma vez ao governo do estado, mas nos últimos meses estreitou relações com o antigo adversário Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que admitiu o interesse em tê-lo como vice. Uma das possibilidades para o ex-governador seria justamente uma filiação ao PSB, de Jonas Donizette, que já deverá compor a campanha de Lula em nível nacional. Após o encontro, Jonas disse acreditar que Alckmin opte por seu partido, mesmo que ainda haja indefinições em relação às eleições estaduais. Isso porque, neste momento, o PSB não abre mão da candidatura do ex-governador Márcio França ao Palácio dos Bandeirantes e nem o PT pensa em desistir de colocar o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad na disputa.
Jonas Donizette afirmou que sua percepção após o encontro é de que Alckmin se filie ao PSB em março e que o partido e o PT lancem suas candidaturas ao governo estadual. “As palavras do governador Alckmin é que o caminho natural dele seria vir para o PSB. Nós sabemos que o que pega nesse momento é a disputa justamente para o governo de São Paulo. O governador Márcio França deseja novamente se candidatar e o ex-prefeito paulistano, o Fernando Haddad também tem esse desejo. Eu acho que o governado Alckmin quer esperar a poeira baixar, mas eu disse a ele que eu acho que é uma situação meio irreversível a gente ter as duas candidaturas ao governo de São Paulo. O PSD candidato com o Márcio França e o Haddad sendo o candidato do PT, pelo menos no primeiro turno”, acredita.
Sobre a possibilidade de uma chapa Lula/Alckmin na disputa para a presidência da República, Jonas disse que o ex-governador paulista está confortável com a possibilidade. Segundo o ex-prefeito de Campinas, Alckmin teria dito que a coligação com o PT tem uma forte aceitação entre as pessoas de renda mais baixa. “Eu acho que as coisas estão bem encaminhadas, mas têm o seu tempo para acontecer. Perguntei ao governador se ele está confortável com essa situação, porque os dois já foram adversários no passado, e ele me disse claramente que as pessoas mais humildades têm uma aceitação melhor. Já aquele eleitorado que tem alguma diferença especialmente com o PT, já torce um pouco o nariz. Mas eu sinto ele bastante confortável com essa situação sendo encaminhada”, acredita.
E sobre as próprias possibilidades para as eleições de outubro, Jonas Donizette reforçou que deve sair candidato à Câmara Federal. De todo modo, ele não descarta a possibilidade de composição em alguma chapa majoritária. “Hoje eu sou pré-candidato a deputado federal. Porém, existem conversas sim, no sentido de composição partidária”, finalizou.
