Após mais um dia com unidades paralisadas na segunda-feira (14), nesta terça-feira (15) a Rede Municipal de ensino de Campinas voltou a operar normalmente. A paralisação em parte da rede na segunda-feira se deu após o sindicato das funcionárias terceirizadas da limpeza realizar uma nova paralisação, com um protesto na escadaria do Paço Municipal, exigindo o depósito dos valores de vale-transporte, que estavam atrasados, assim como outros benefícios.
Segundo a Secretaria de Educação, 30% das 208 escolas e creches municipais tiveram algum tipo de paralisação na segunda-feira. Foram 61 unidades, sendo que 37 delas pararam totalmente e 24 parcialmente.
Roberto Pereira da Silva, diretor do Sindicato, relata que após a paralisação houve o depósito de um valor referente à uma semana de vale-transporte e vale-refeição. “A empresa depositou o vale-transporte para cinco dias, e o VR para cinco dias também, mas parcial”.
Ele destaca que uma nova paralisação poderá ocorrer na próxima semana, caso as trabalhadoras voltem a ficar sem os vales. “A gente tá acompanhando com os trabalhadores, e acabando essas datas que fez os depósitos é se organizar para paralisar novamente”.
Esta foi a segunda paralisação em menos de uma semana. Na semana passada, na quarta e quinta-feira, grande parte da rede municipal de ensino foi impactada pela paralisação da categoria, que cobrava o pagamento dos salários, que estavam atrasados. Na sexta houve o acerto, e as atividades foram retomadas. Mas nesta segunda, com o novo problema, a rede foi novamente impactada.
Devido aos problemas, a administração municipal deu um ultimato, e avalia romper o contrato com a empresa Especialy. A prestadora foi notificada e autuada e foi aberto um processo para estabelecer o valor da multa que pode chegar a R$ 250 mil. O contrato entre a prefeitura e a empresa foi firmado em outubro do ano passado, e há o repasse mensal de R$ 2,5 milhões por parte da prefeitura.