O balanço de casos de dengue divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, mostrou que em 2021, a cidade teve 2338 casos confirmados. Todos os anos há um crescimento no número de ocorrências durante o verão pela maior facilidade de proliferação do mosquito transmissor da doença. Enquanto agosto e setembro registraram 21 e 11 casos, respectivamente, março registrou 510 e abril 800 casos. Neste ano, foram confirmados até agora 25 casos de dengue.
O mapeamento da secretaria de saúde apontou algumas regiões da cidade em alerta. Entre elas estão o Jardim Cavipari, Jardim São Pedro de Viracopos, Jardim São José, Jardim Uruguai, Parque Oziel e Vila Padre Anchieta. No São José, por exemplo, a situação preocupa os moradores. Ana de Fátima disse que cuida da própria casa, mas não sabe dizer se seus vizinhos fazem o mesmo. “A gente cuida, mas tem vizinho que deixa muito sujo, com água parada”, afirmou. Maria do Carmo também disse cuidar da própria casa, mas afirmou que existem muitos pontos no bairro com lixo acumulado, o que favorece a proliferação do mosquito transmissor da doença. “A gente faz o que pode. Eu por exemplo, tenho muita plantinha, mas eu coloco terra nos pratos. Não deixo juntar água. Mas tem muita água por aí, tem muito lixo por aí”, revelou.
Um levantamento feito pela DEVISA confirmou que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro de casa. Por isso, é necessário, por parte da população, evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros materiais que possam ficar parados. Segundo a prefeitura de Campinas, de 1º de janeiro a 31 de outubro do ano passado, quase 1,2 milhão imóveis foram visitados pelas equipes de saúde para controle de criadouros e cerca de 300 mil imóveis localizados em áreas de transmissões foram nebulizados. Entre janeiro e setembro de 2021, foram coletadas 40 mil toneladas de resíduos despejados irregularmente na cidade, 8 mil toneladas de resíduos foram recolhidas na Operação Cata-Treco e 84.mil toneladas de resíduos foram recebidas nos ecopontos.