Desde o fim de 2019, período que coincide com o início pandemia da Covid-19, a procura pela defensoria pública cresceu 35% em Campinas. De acordo com o órgão, o número de processos instaurados subiu de 2.366 para 3.195, em 2021.
Segundo Shirley Monroy, Defensora Pública de Campinas, foi necessário se adaptar para poder atender esse aumento na demanda. “Em 2020 nós estávamos com seis defensores ativos trabalhando. Nós temos setes cargos, mas, infelizmente, um está sem o defensor, ele está na administração superior. Então, com seis defensores nós tivemos um aumento de demanda e tivemos que nos adaptar. A necessidade não para, o serviço chega e a gente precisa fazer o possível para atender a população.”
Durante um período, a fila de espera chegou a ser de dois meses, já que a defensoria em Campinas abrange também a região metropolitana, o que provoca um acúmulo de trabalho.
Segundo a instituição, nos últimos dois anos, 80% dos processos estavam relacionados ao auxílio emergencial, além de outros benefícios assistenciais e previdenciários. “Esse ano a gente teve o incremento nas demandas previdenciárias. Em 2020 e 2021, foi muito forte a busca pelas assistências jurídicas para o auxílio emergencial, mas acabaram os pagamentos em outubro. Então, de modo geral, quem tinha que receber recebeu.”
Com o fim dos pagamentos, a quantidade de trabalho deve ser estabilizada.