Greve dos servidores do INSS completa um mês e sem previsão de término

Foto: Celina Silveira

A greve dos servidores e médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completa um mês sem previsão para terminar.

Segundo o Sindicato dos Servidores da Previdência Social, os funcionários estão com a folha de pagamento suspensa desde o início da mobilização.

Os vigilantes de Campinas estão com vale-refeição e vale-transporte atrasados. 

Nesta terça-feira (27), eles fizeram um ato de protesto, e aguardam o pagamento de tudo até sexta-feira (29), quando um novo protesto pode acontecer. Por causa disso, o prédio da gerência está fechado.

Todos os servidores da agência da avenida das Amoreiras aderiram à greve. A unidade da rua Barreto Leme funciona com atendimento parcial. 

Morador de Cosmópolis, Moisés Antônio, foi informado na agência do Centro de Campinas que vai precisar esperar mais dois meses para passar por perícia

“Eu tive infarto e a firma me afastou. [A perícia] estava agendada para hoje, aí marcaram para o dia 02 de junho porque o perito está em greve. Avisaram na hora que eu cheguei. Nem para entrar em contato, né?”

O aposentado Mirapor Rosa afirma que o sistema do INSS está fora do ar há uma semana e por isso ele não consegue emitir o extrato do benefício para finalizar a declaração de imposto de renda.

“Quarta-feira (20) falaram que estava fora do sistema. Vim quinta e sexta-feira e estava fora do sistema. Voltei segunda-feira, cheguei às 09h, fora do sistema. E hoje, de novo, fora do sistema”

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Previdência de Saúde e Previdência Federal do Estado de São Paulo, Cristiano Machado, afirma que as negociações não avançaram.

“Já tivemos várias reuniões com o presidente do INSS e em nenhuma reunião a gestão do INSS apresenta propostas ou abre uma mesa de negociação. Tinham alguns pontos que a gente acreditava que tínhamos avançado, mas foi demonstrado que houve até recuo. Nem a proposta de 5% de reajuste para todo o funcionalismo está garantida”

Os servidores pedem reajuste salarial de 20% para cobrir as perdas salariais dos últimos três anos, melhores condições de trabalho e contratação de ao menos 50% da força de trabalho para reposição de quem se aposentou ou saiu do INSS.

Os médicos peritos pedem fixação de 12 atendimentos presenciais como “meta diária”, reposição salarial de 20%, atendimento sem buracos na agenda, e outras questões de organização.

As agências do INSS de Hortolândia, Sumaré e Mogi Guaçu estão totalmente fechadas. Já as unidades de Indaiatuba e Americana tem alguns funcionários atuando nos serviços, mas sem perícias médicas.

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