Com a inflação puxando o preço dos alimentos, o comerciante que quer vender frutas e verduras e o consumidor que ainda não cortou os vegetais da alimentação precisam estar dispostos a pesquisar e fazer concessões.
Na Ceasa Campinas, o preço do pacote de 25 kg de batata inglesa caiu 15% após o feriado de Páscoa e está cotado a R$ 135 reais, em média, mas pode ser encontrado por até R$ 80 se o comprador não se importar em levar batatas com algumas avarias.
Por outro lado, de acordo com o conferente Jonh Fernandes, o preço da cebola subiu 50% no último mês e não há sinais de que vai baixar.
“A cebola subiu já faz bastante tempo e ela não tem previsão de baixar, está R$90. Geralmente a top estava R$60, agora ela subiu para R$ 90 e está fixo. Acho que vai para um mês que ela está esse valor e não baixa”
De acordo com o coordenador Sérgio Goto, desde o início do ano, os preços do limão e da poncã caíram 28% e 40%, respectivamente. Por outro lado, a laranja ficou 30% mais cara.
Segundo ele, além do fator sazonalidade, os preços de todas as frutas devem ser impactados pelo reajuste de 8,9% aplicado sobre o diesel.
“Nossos caminhões e nossas carretas rodam, ida e volta, mais de mil quilômetros, então – com certeza o pedágio vai subir também – com o aumento do diesel com certeza vamos ter que repassar esse preço para o consumidor final.”
De acordo com o IBGE, os alimentos lideram o ranking de produtos que apresentaram as maiores altas nos últimos 12 meses até abril.
O preço da cenoura subiu 178%; o do tomate 103% e o da batata inglesa 63,40%.
No mesmo período, os combustíveis também ficaram mais caros. O diesel teve variação de 53,58%, seguido por etanol com 42,11% e gasolina com 31,22%.
