O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, do PDT, disse que “não pega no pé” do ex-presidente e também pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Em entrevista exclusiva à CBN Campinas, o pedetista criticou a gestão, o pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin, e lembrou que, pelo fato de Lula ser candidato desde 1989, a população sabe e já tem opiniões formadas sobre ele.
Ciro reagiu à notícia de que Carlos Lupi, presidente do PDT, acha que ele “bate demais” no ex-presidente.
“Isso faz parte da futrica que, infelizmente, faz parte dos gabinetes de ódio que existem. Eu estou dizendo o que penso. Alguém me viu fazer algum ataque pessoal a Lula? Algum palpite sobre o casamento dele, sobre o aluguel da casa dele? Não faço esse tipo de coisa”, afirmou.
Afiado, Ciro disparou também contra Jair Bolsonaro, do PL. Disse que ele foi eleito por ter sido uma “válvula de escape” e uma forma de protesto, mas que seguiu pelo caminho errado, destruindo as indústrias e o poder de compra do brasileiro.
Também sobrou espaço para a crítica à reeleição. Ciro prometeu que, se for escolhido presidente, vai acabar com a possibilidade de segundo mandato seguido, e que a política é um jogo que, quem se dispõe a participar, tem que saber jogar.
“Política não é um jogo de personalidade e vaidade. Política é um jogo de ideias, em que o povo deve prestar atenção e exigir de todos que se apresentem para a disputa compreendam o problema e anunciem o que vão fazer, de onde é que vai vir o dinheiro. Mas, não. No Brasil é essa história de ódio, de paixão. O país não aguenta mais isso”, disse.
Ciro também afirma que as pesquisas semanais podem ser prejudiciais para a análise do real cenário político brasileiro. Segundo ele, cada pesquisa mostra uma situação de “momento”, e que não necessariamente significa o que vai ser registrado nas urnas.
