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Juros e inflação reduzem lucro de pequenos empresários

Banco Central / Divulgação

O descontrole nos preços, somado ao anúncio de que a taxa Selic subiu mais uma vez, com a decisão do Copom de elevar a taxa em 1,0 ponto percentual, geram inevitável reflexo para quem está na ponta da produção, por causa da inflação e juros altos. A Taxa Selic está  em 12,75% ao ano e sofreu o décimo aumento consecutivo atingindo o maior patamar desde 2017.

Esta é uma taxa básica, que serve de parâmetro para todas as outras taxas do mercado. Ricardo Yazbek, líder regional da XP no Interior de SP, explica que a pandemia contribuiu para intensificar um cenário de inflação global. “A alta na Selic visa regular a inflação, para equilibrar o impacto para o consumidor”.

Muitos empresários, no entanto, questionam essa equação e apontam que a inflação se mantém, mesmo com juros altos. Um cenário econômico que prejudica principalmente os pequenos empresários, com reflexo no custo final dos produtos. Vanessa Fernandes, que é confeiteira, relata inflação alta para absolutamente tudo e, com isso, ela não consegue fechar pedidos com prazos de entrega muito longos. “O destaque foi para a farinha de trigo, óleo, leite, chocolate, item que usamos muito, além do gás de cozinha”.

Vanessa conta que o setor em que ela atua, de confeitaria, está em alta no Brasil, porque todos ficaram muito tempo privados das festividades. “Mesmo assim, tenho conseguido manter o clientes porque reduzi a margem de lucro até o limite máximo”. De acordo com o DIEESE, em março, o valor dos alimentos básicos aumentou em todas as capitais. Em São Paulo,  a alta foi de 6,36% e o preço da cesta básica chegou a R$ 761,19.

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