Uma das datas mais esperadas do inverno é a tradicional Festa Junina. A expectativa pelas comidas típicas, vinho quente, quentão e bolo de fubá, está ainda maior, após um período com festas canceladas por causa da pandemia. Esse desejo de matar a saudade das quermesses em clubes, entidades assistenciais e escolas, tem sido o principal motivo para uma expectativa positiva do setor supermercadista, que espera aumento de vendas, apesar da alta nos preços dos alimentos e ingredientes usados na festa.
Amílcar Pavan é gerente de marketing de uma rede supermercadista e espera um aumento de 20 a 25% nas vendas. No entanto, ele confirma aumento nos preços da matéria prima utilizada nos produtos juninos. “A mandioca está 50% mais cara que no mesmo período do ano passado e o amendoim e o milho, cerca de 10%”.
Mas, para Amílcar, o impacto maior está no preço da logística, o que na soma geral deve elevar a conta para quem vai participar das Festas Juninas, em 18% a 22%. “O gasto com transporte da mercadoria comercializada e com as embalagens geram o maior impacto no preço”.
A autônoma, Julieta Rangel, está empolgada com as festas juninas deste ano, mas de olho nos preços. “Adoro festa junina, mas os preços dos produtos típicos subiram muito este ano”. A ACIC informou que as festas juninas de 2022 devem gerar uma movimentação financeira da ordem de R$ 10 milhões nos setores do Comércio e de Bens e Serviços.
