O Supremo Tribunal Federal julga nesta quarta a constitucionalidade da chamada Tolerância Zero para o consumo de bebida alcoólica por motoristas. A ação foi movida pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, a Abrasel, que considera o limite considerado aceitável de 0,5 grama de álcool por litro no sangue, estabelecido pela Organização Mundial da Saúde.
Para o presidente da Abrasel na RMC, Matheus Mason, caso haja essa flexibilização, o setor de restaurantes pode ter melhora no movimento, atraindo clientes que têm evitado sair por medo de perder a CNH e pagar multa de mais de R$ 3 mil. “A lei colocou uma pessoa que está embriagada na mesma situação de quem tomou uma taça de vinho ou um copo de chopp e tem condições de dirigir”, afirma.
As blitz com o uso do chamado bafômetro acontecem em locais com concentração de bares e restaurantes em Campinas, como por exemplo os distritos de Joaquim Egídio e Barão Geraldo.
Segundo o presidente da Abrasel, uma das datas mais concorridas do ano no setor, como o Dia dos Namorados, pode ter impacto positivo com a possível mudança, já que o transporte particular, como táxi e aplicativo, não dá conta da demanda. “É uma data extremamente movimentada e a gente sabe que não tem motorista para todo mundo. Quem foi jantar e tomou uma taça de vinho não está embriagado”, diz Mason.
Ainda de acordo com Mason, a entidade promove campanhas de conscientização contra o consumo de bebida alcoólica por parte dos motoristas e a queda da Lei Seca não vai afetar as punições contra quem bebe mais que o permitido, como por exemplo os frequentadores de bares e casas noturnas.
