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Câmara aprova reajuste de 15% para servidores de Campinas

Foto: Guilherme Pierangeli

A Câmara de Campinas aprovou o reajuste de 15% aos servidores públicos municipais em sessões extraordinárias realizadas nesta quarta-feira (29). Segundo o texto, o reajuste será aplicado com 12,1% retroativos a maio, e 2,8% ao mês de janeiro. O acordo prevê também o aumento do auxílio-refeição para R$ 1.350, válido para os servidores que trabalham mais de 20 horas semanais, e aumento do auxílio-nutricional para aposentados e pensionistas para R$ 221.

A sessão contou com mais de uma centena de servidores no público, pois parte da categoria questiona o acordo feito pelo sindicato. Esses servidores afirmam que a decisão da maioria em assembleia não foi respeitada, e houve um protesto em 15 de junho sobre isso, que inclusive gerou confusão em frente ao Paço Municipal. Esses servidores cobram um aumento de 25,6%, e o valor de R$ 1.778 para o auxílio-refeição.

Vereadores de oposição tentaram apresentar uma emenda com estes percentuais, mas ela foi rejeitada pela Comissão de Legalidade da Câmara. Ao longo das sessões, vários vereadores s foram ao púlpito para argumentar contra ou a favor da proposta. Mariana Conti (Psol) afirmou que o reajuste de 15% não repõe as perdas inflacionárias. “A necessidade do reajuste de 25,68%, apresentamos uma emenda conjunta, que infelizmente foi rejeitada, pois o prefeito e sua base não querem dar aquilo que é devido, que é recompor o que os servidores estão perdendo”.

Já o líder de governo, Luiz Rossini (PV), afirmou que o percentual é o que a Prefeitura pode arcar sem comprometer o orçamento, e criticou a emenda apresentada. “Essa é uma questão que não cabe à Câmara agora discutir, o servidor merece ser valorizado e reconhecido, e não enganado, se alguém quer fazer demagogia é vir aqui, sabendo que a Câmara não pode fazer isso, apresentar uma emenda de 25% por aumentar a despesa, e isso a Câmara não pode fazer”.

No momento em que vereadores favoráveis ao projeto discursavam, boa parte do público vaiou algumas falas, e inclusive houve quem gritasse alguns argumentos. Durante uma fala do vereador Edson Ribeiro (União Brasil) ele chegou a responder algumas provocações sobre os valores recebidos pelos vereadores. “O vale-alimentação que era de R$ 1.040 foi pra R$ 1.350, subiu 28%, pra vereador não subiu nada, três anos que não sobe para vereador, é difícil, né?”

O projeto foi aprovado em duas discussões, em ambas com 25 votos favoráveis e seis contrários, sem nenhuma grande confusão durante as sessões.

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