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Cicloativistas realizam ato em homenagem a ciclista morto em Campinas

Foto: Irineu Ramos

A morte de um ciclista, atropelado no corredor BRT perimetral no último sábado, motivou um ato na noite desta quinta-feira, no trecho onde houve o acidente, na altura do bairro Cidade Jardim, sob a Anhanguera. A homenagem reuniu um grupo com cerca de 100 pessoas e incluiu um ato de amigos e familiares da vítima para reivindicar a construção de uma ciclovia no local.

O cicloativista, Irineu Ramos, usou o termo transtornados, ao definir o sentimento de amigos e familiares diante desta morte, segundo ele tão repentina e banal. Ele comparou as mortes no trânsito a uma guerra civil e lamentou que essa situação tenha passado a ser encarada de forma banalizada.

No caso da morte de Carlos Alexandre Caldeireiro, metalúrgico, de 39 anos, Irineu conta que a indignação tomou conta de todos. “Foi uma morte tão prematura, de uma pessoa cheia de sonhos, que recentemente tinha passado a adotar a bicicleta como meio de transporte e amava pedalar”. 

Os ciclistas fizeram uma bicicletada e instalaram uma Ghost Bike, que é uma bicicleta pintada de branco, utilizada como simbologia em várias cidades do mundo para indicar a violência no trânsito que tirou a vida de um ciclista, além de alertar os motoristas de que se trata de um trecho perigoso para o ciclista. Irineu  alega que a cidade tem avançado na implantação de ciclovias em quilometragem, mas não em segurança.

Segundo ele, para pedalar de forma segura, o ciclista precisa de ciclovias nos principais corredores de mobilidade urbana, em avenidas como Ruy Rodrigues, Amoreiras e JB Dunlop, por exemplo, em especial no BRT. “As ciclovias que estão sendo instaladas são dentro dos bairros, sem conexão com grandes vias de deslocamento ao centro ou ao aeroporto, por exemplo”. 

O condutor do carro que atropelou o ciclista, um comerciante de 53 anos, foi encaminhado à Segunda Delegacia Seccional de Campinas. Ele se recusou a fazer o teste de bafômetro e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

A Emdec destacou que na atual Gestão, as rotas cicloviárias são discutidas com grupos de cicloativistas e citou como exemplo trechos implantados na região do Distrito do Campo Grande e no Jardim Aurélia, cujos projetos sempre levam em conta a viabilidade da implantação em função das características dos locais e, principalmente, a segurança dos ciclistas nos deslocamentos, além da possibilidade de integração com o transporte coletivo. Atualmente, Campinas conta com 81 km rotas cicloviárias.

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