A Secretaria de Saúde de Indaiatuba informou que uma pessoa que teve contato com o morador da cidade que está com varíola dos macacos também foi colocada em isolamento domiciliar. Essa pessoa, que mora com o paciente infectado, não apresenta sintomas da doença, mas está sendo monitorada.
O caso confirmado em Indaiatuba na quinta-feira é o quarto no estado de São Paulo e o sexto no Brasil. O paciente tem 28 anos, está em isolamento e teve a confirmação após exames laboratoriais realizados pelo Instituto Adolfo Lutz.
De acordo com o infectologista da PUC-Campinas, André Giglio Bueno, o isolamento é necessário, mas a transmissão neste caso não ocorre tão facilmente como na covid-19. “O coronavírus pode ser transmitido até pelo ar, através das partículas de saliva do infectado. Já, no caso da varíola, a transmissão ocorre pelo contato com as lesões cutâneas. Por isso, não é esperado um quadro pandêmico, como ocorreu com a covid-19″.
O paciente de Indaiatuba está sendo monitorado pelas Secretarias de Saúde do Estado e Município e apresenta quadro clínico estável, sem complicações. A varíola dos macacos, também chamada de monkeypox, causa sintomas semelhantes aos da varíola, uma doença que foi erradicada entre os seres humanos, por meio de campanhas de vacinação. Se comparada à varíola, a monkeypox tem menor gravidade.
André Giglio Bueno explica que na grande maioria dos casos a doença não evolui para quadros clínicos graves. “A doença se inicia com um quadro de mal estar geral, febre, dor no corpo, dor de cabeça e ínguas pelo corpo podem aparecer. Em seguida começam as lesões cutâneas, com bolhas que começam a secar com o passar dos dias, num processo que ocorre por várias semanas até o fim do período de transmissibilidade e a cura”.
Todos os casos confirmados no Brasil são de pessoas que se contaminaram em viagens internacionais. São quatro no estado de São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro.
