A taxa de desemprego no Brasil recuou 0,7% no trimestre entre fevereiro e abril deste ano em relação aos três meses anteriores. O índice é o melhor desde 2015. Mas não significa exatamente que a economia do país voltou a crescer.
A professora doutora em Economia Eliane Rosandiski, do Observatório PUC-Campinas, explica que as contratações têm sido de mão de obra mais barata ou a abertura de vagas informais. “Temos que olhar para a qualidade desse emprego. Temos aumento da informalidade e trabalho por contra própria”, diz.
Segundo a economista, a inflação não deixa que o poder de compra volte aos consumidores, mesmo com a retomada de postos de trabalho. “Temos preços que estão contaminando e precisamos de estabilidade para melhorar as expectativas”, afirma Eliane.
O rendimento médio do trabalhador que está empregado é de pouco mais de R$ 2,5 mil por mês, 8% a menos que no mesmo período do ano passado. Segundo o IBGE, o Brasil tem 11,3 milhões de desempregados e 96,5 milhões ativos no mercado de trabalho.