A Polícia Federal de Campinas faz, nesta quinta-feira, a Operação Custo Maior, para aprofundar as investigações sobre irregularidades em consultorias à segurados do INSS na cidade.
A apuração começou após outra operação, chamada Custo Previdenciário, que aconteceu em agosto de 2018, também aqui em Campinas.
Nesta quinta-feira foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos fraudadores, que se mudaram de São Paulo para Campinas desde a operação anterior.
Entre as irregularidades constatadas, a Polícia Federal identificou:
- atendimento privilegiado com dispensa de senha ou de comparecimento pessoal quando exigido;
- reunião em restaurante, lanchonete e posto de abastecimento em rodovia e inclusive em finais de semana e períodos noturnos;
- coleta ou entrega de documentos fora da agência do INSS;
- retenção e armazenamento de documento em locais não autorizados;
- manipulação da agenda (adiando ou antecipando data);
- cálculos irregulares à legislação
- e inserção de informações falsas no sistema da Previdência Social.
Foram identificados 13 novos benefícios com ações destes atravessadores e que já foram pagos pelo INSS, somando o valor aproximado de R$ 2,1 milhões de prejuízo à União.
Com a ação de 2018, ao todo R$ 9 milhões foram “poupados”.
Os investigados vão responder, na medida de suas condutas, pelos crimes de inserção de dados falsos no banco de dados e de associação criminosa do Código Penal.
As penas podem chegar a 15 anos de prisão.