Artistas e profissionais da cena cultural de Campinas acompanharam a apresentação da segunda fase do projeto de reforma do Centro de Convivência.
Os profissionais foram convidados para contribuir com a revisão do documento.
O clarinetista da Orquestra Sinfônica de Campinas, Mário Marques, apontou a importância de estudar a acústica do local.
“O teatro, principalmente para a música, é como se fosse a caixa de ressonância de um instrumento. A orquestra é o instrumento e a sala é a caixa de ressonância, o que vai fazer aquele som soar mais, soar melhor. Aqui a gente tem a complexidade do fosso. Nós estamos muito felizes por ver no nosso horizonte próximo a possibilidade de tocar uma ópera de Carlos Gomes porque enfim teremos um teatro com um fosso.”
Alguns músicos da orquestra questionaram se o projeto inclui isolamento acústico nos camarins para aumentar os espaços possíveis para ensaio.
De acordo com o engenheiro da secretaria de infraestrutura, Cláudio Orlandi, o projeto não considera essa necessidade.
“Essa rotina da orquestra a gente não conhece, isso precisa ser conversado com a orquestra para saber.”
O ator Presto Kowask apontou um problema no projeto do fosso de orquestra.
“Eu fiquei sabendo, por exemplo, que o fosso não será mecanizado para descer. Isso é algo horrível porque o fosso é pesadíssimo e se precisar descer isso no braço é até desumano com as pessoas que vão precisar fazer.”
De acordo com Cláudio Orlandi, não foi possível incluir uma estrutura mecânica para o fosso.
“A gente tem um problema muito sério que é a questão do lençol freático. Estamos com toda drenagem do fosso executada, porém nós teríamos que descer mais dois metros e meio do piso atual do fosso para colocar a estrutura do piso elevatório. Então foi optado por manter o fosso com montagem e desmontagem manual.”
A segunda fase de obras do Centro de Convivência vai focar nas áreas de exposição (galeria), cenotecnia, acústica, luminotécnica e sonorização.
Atualmente, as obras estão concentradas em readequar a infraestrutura do local.
Para iniciar a fase dois, a Prefeitura de Campinas precisa realizar mais um processo de licitação, o que só vai acontecer após a conclusão da fase um das obras.