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Saída do campus do IFSP dos Amarais prejudicou estudantes e sociedade

Foto: Danilo Braga

A mudança do Instituto Federal de São Paulo dos Amarais para a região do Campo Grande prejudicou uma parcela dos alunos e da própria sociedade, que se uniram para mover uma ação pedindo o retorno da unidade nos Amarais, mantendo o campus no Satélite Íris. A Ação Popular obteve parecer favorável do Ministério Público Federal, que considerou a mudança irregular, por não respeitar cláusulas do convênio estabelecido com o Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, onde funcionava a unidade de ensino.

Além disso, foram identificados prejuízos para a coletividade pela forma como a transferência da unidade Campinas do Instituto Federal de São Paulo foi feita. O aluno Leonardo Amaral está entre os que se julgam prejudicados com a mudança. Ele cita dificuldade de transporte e locomoção para o novo campus e alega que a desvinculação com o CTI Renato Archer prejudicou o desenvolvimento acadêmico, ensino e pesquisa, deixando de atender a demanda de cursos que exigem experiências práticas.

Outro exemplo de prejuízo à coletividade com a transferência do campus foi a suspensão  do trabalho que era desenvolvido pelo tecnólogo em gestão ambiental, Antônio Carlos dos Santos. Ele realizava  um projeto social com crianças dos bairros da região dos Amarais, levando o grupo para atividades que ocorriam aos sábados no Instituto, desde palestras no auditório e atividades lúdicas, até o aprendizado de informática e idiomas, com professores e coordenadores da unidade atuando de forma voluntária.

De acordo com Antônio Carlos, quem mais perdeu foram as crianças que participavam de atividades gratuitas enquanto os pais trabalhavam. Para Silvio Spinella, que foi coordenador-geral do CTI Renato Archer de 2012 a 2018, responsável por gerenciar o convênio com o Instituto Federal de São Paulo, a parceria, além de beneficiar toda a sociedade, fomentava a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico. Ele considera que o parecer favorável do Ministério Público Federal  traz um sopro de esperança. 

Uma nota do Instituto Federal de São Paulo informa que no caso do convênio com o CTI, há um processo judicial em curso, o qual aguarda-se conclusão e esclarece que a contratação de servidores depende de criação de vagas por parte do Governo Federal, já que não no momento, dentro dos limites legais, possibilidade de ampliação de quadro de pessoal por decisão exclusiva da instituição.

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