A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorizar o uso emergencial da Coronavac contra covid-19 para crianças de 3 a 5 começa a movimentar as cidades da nossa região.
O início da imunização ainda depende das definições do Ministério da Saúde e Estados, mas as administrações já começam a estimar os públicos que podem ser imunizados.
Campinas ainda enfrenta dificuldades para avançar na imunização do público infantil que já pode receber a vacina, mesmo depois de quase seis meses de campanha e de diversas estratégias para aumentar a adesão.
Dados atualizados até a última segunda-feira, aponta que 61,1% das crianças de 5 a 11 anos da cidade receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, enquanto 47,3% tomaram também a segunda. Os índices são menores que os registrados no Estado.
A infectologista da Unicamp, Raquel Stucchi, lamenta essa reação contrária à vacina que ocorre nesta parcela da população de Campinas. Ela explica que a vacina deve ser aplicada nas crianças. “A vacina evita que estas crianças manifestem a doença ou desenvolvam formas graves da covid, como a síndrome inflamatória multissistêmica.
Raquel Stucchi lembra que a Coronavac é feita a partir do vírus inativado, ou seja, do vírus já morto, e portanto é uma das mais seguras e com menor risco de efeitos colateriais. “A eficácia e segurança desta vacina foi comprovada pelo uso em larga escala no Brasil e em outros países, como o Chile, por exemplo”.
Em Campinas, 29.289 crianças de 3 e 4 anos podem ser vacinadas. A contraindicação é principalmente para as que estejam com sintomas gripais e febre, que precisam adiar a aplicação da Coronavac.
