A Defesa Civil constatou aumento de registros de focos de incêndio desde o início da Operação Estiagem 2022, em maio.
O primeiro balanço parcial divulgado aponta que o número cresceu 20% em dois meses.
Entre maio e junho foram 65 focos registrados, enquanto que, no mesmo período do ano passado, foram 54 registros.
O coordenador da Defesa Civil de Campinas, Sidney Furtado, disse que não há registro, pelo menos por enquanto, de incêndio em área de proteção ambiental da cidade, o que é considerado por ele como uma notícia positiva, em meio a tantas outras informações que não são exatamente otimistas neste momento.
“Temos preocupação com os próximos 15 dias, que serão de tempo seco na nossa região. A umidade relativa do ar já está baixa, e por isso estamos em atenção”, disse.
Isso porque o balanço parcial também apontou 24 dias sem chuva nos últimos dois meses, segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp.
Nos últimos dois meses, Campinas entrou em Estado de Alerta (quando a umidade relativa do ar registra índice entre 12% e 20%) por quatro vezes e em Estado de Atenção (índice de umidade entre 20% e 30%) por 23 vezes.
Sidney Furtado aponta outro fator que tem chamado bastante a atenção da Defesa Civil, e que gera outro alerta: a quantidade de balões que são soltos.
Alguns tem a cangalha, aquele suporte onde são colocados fogos de artifício ou outros itens que, quase sempre, provocam incêndios, o que representa um potencial perigo, já que a região é cercada pelo Aeroporto de Viracopos, a Replan, e as áreas de proteção ambiental, como a Serra do Japi em Jundiaí, e na região de Sousas até a divisa com Morungaba.
A Operação Estiagem é acompanhada pelo comitê gestor formado por sete secretarias municipais, uma autarquia e uma empresa pública.
O grupo contribui no planejamento, articulação, coordenação, execução e avaliação das ações de prevenção e controle dos efeitos da estiagem no município.
