O número de acidentes envolvendo colisões contra postes e semáforos cresceu na Avenida John Boyd Dunlop, em Campinas, nos últimos meses. Para se ter uma ideia, só de Janeiro a Julho deste ano foram registrados quatro acidentes deste tipo no local.
No cruzamento com a Rua Heitor Lacerda Guedes, no dia 14 de janeiro, uma colisão contra poste gerou um prejuízo de R$ 4.702,25. O mesmo prejuízo foi registrado próximo à travessia de pedestre da Escola Estadual Elvira Muraroa, no dia 17 de fevereiro e no dia 4 de julho, na altura da Rua Professora Olga Álvares Schreiner.
No dia 3 de julho, na altura do Bela Aliança, o estrago foi tanto, que gerou um gasto de R$ 18.625,84. O custo dos reparos é cobrado de quem causou o acidente. Mas, o prejuízo não é apenas financeiro.
Essas ocorrências geram transtornos para a população porque podem exigir interrupção no fornecimento de energia, reparos e substituição de semáforos, que são desligados, inclinação do poste na via que pode causar problemas de tráfego. E o mais grave: podem colocar em risco a vida de outras pessoas.
Creso de Franco Peixoto, professor da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, atribui ao excesso de velocidade e ao consumo de bebida alcoólica os principais motivos para esse tipo de acidente. Ele aponta como principal preocupação, o alto risco para os mais frágeis da estrutura de transportes. “Pedestres, ciclistas, motociclistas. Porque esse tipo de ocorrência indica veículo desgovernado”.
Creso explica que são em vias principais, com velocidade máxima permitida mais alta, como a John Boyd Dunlop, que o motorista mais expõe a sociedade a um risco excessivo. “O motorista infrator tem que ser punido, precisa ter medo de perder a carta e de ser multado e precisa ser indiciado no caso de causar vítimas”.
Outro alerta é sobre o perigo de choque elétrico. A orientação é para que a pessoa envolvida neste tipo de acidente permaneça no carro, evitando o contato com os cabos soltos pela colisão.