O Ministério Público arquivou mais um processo de apuração de supostas “rachadinhas” na Câmara de Vereadores de Campinas.
Dessa vez, a denúncia contra o vereador Filipe Marchesi (PSB) foi arquivada.
O inquérito foi aberto em dezembro do ano passado, depois que promotores tiveram acesso a folhetos anônimos distribuídos na região do Jardim São José, que davam a Marchesi o título de “Campeão da Rachadinha”.
Ele receberia R$ 60 mil de parte dos salários dos assessores que atuariam com ele na Câmara e dos comissionados que trabalhavam na Prefeitura após indicações políticas.
A denúncia apontava também que Filipe Marchesi indicou o titular da Administração Regional 6, em troca do aluguel de uma igreja que pertenceria a ele.
Durante o processo, o vereador contou ao promotor Angelo Carvalhaes que o prédio, no Jardim Nova Mercedes, foi alugado para a entidade em que o pai dele é fundador, a Associação Beneficente Redenção.
Isso aconteceu antes da nomeação do administrador da AR-6.
Marchesi também apresentou recibos de pagamento de aluguel ao proprietário.
Na justificativa para o arquivamento do processo, o promotor informou que o vereador apresentou declaração de bens, e que tem três fontes de renda: como vereador, uma empresa privada e a locação de um imóvel.
Os assessores também entregaram os extratos bancários de cada um deles.
Filipe Marchesi comemorou a decisão, e lembrou que abriu um boletim de ocorrência quando os panfletos foram espalhados, para tentar identificar o autor, o que não aconteceu até agora.
