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Número de imóveis demolidos em Campinas cresce mais de 70% em dois anos

Foto: Arquivo CBN

Campinas vem passando por uma modernização há algum tempo. Já é comum ver casas e prédios antigos sendo transformados em novos empreendimentos.  Em dois anos, entre 2020 e 2022, o número de imóveis demolidos na cidade cresceu 71,96%. Somente nos quatro primeiros meses deste ano, foram liberados 184 alvarás de demolição. 

De acordo com Francisco Lima, presidente Associação Regional de Habitação de Campinas (Habicamp), vários fatores influenciam nesse crescimento dos alvarás de demolição: desde a modernização de imóveis antigos, passando por questões de revitalização da região central, e até mesmo reduções tributárias que contribuem para a instalação de pequenas empresas na cidade. E a tendência é que esse mercado continue aquecido. “Estamos em um ano de eleições, quando novos projetos e novas oportunidades surgem. As eleições trazem turbulência, mas nada fora da normalidade. É claro que existe uma variação de mês a mês.”

E são diversos os exemplos de locais que estão passando por esse processo. O Frigorífico Tavares, no Balão do Tavares, se tornará um prédio. Na Rua Tiradentes, algumas casas foram demolidas e transformadas em estacionamento. Já próximo ao 1º BAEP, na Rua Álvaro Ribeiro, um casarão de esquina foi demolido e deve virar uma farmácia. Sem contar a fábrica dos Chapéus Cury, que vai virar um condomínio de apartamentos.

Para Francisco, esse é um processo natural de desenvolvimento que acontece nas maiores cidades do mundo. “É preciso fazer adaptações entre as demandas que surgem. Com as tecnologias elas são inevitáveis. É claro que muitos imóveis fazem parte da história da cidade, mas isso não vai ser apagado jamais. As revitalizações também são fundamentais para a economia da cidade em âmbito interno e nacional.”

E mesmo com todos esses projetos de modernização, o centro de Campinas segue pouco cuidado. Alan Cury, Diretor de Desenvolvimento Urbano Regional Secovi em Campinas, acredita que a área necessite de uma requalificação. “Mais do que uma revitalização, a gente entendeu que uma requalificação seria o caminho, qualificar no sentido de atrair e potencializar essas vocações, mas sempre levando em consideração a habitação, hotelaria, a vida noturna e gastronomia, que no centro era muito pujante e agora carece de estímulos para tal.”

Para realizar uma demolição, o interessado deve protocolar o pedido na Prefeitura. A análise dos projetos é feita pela ordem cronológica de entrada e o sistema avisa o responsável sobre a falta de algum tipo de documento. O ingresso deve ser feito por um profissional habilitado cadastrado na Secretaria.

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