A prefeitura de Campinas está otimista que a concessão da área do pátio ferroviário da cidade, na região do Viaduto Miguel Vicente Cury, vai acontecer nas próximas semanas.
A afirmação é do vereador Paulo Gaspar, presidente da Frente Parlamentar para revitalização do Centro.
Em entrevista ao CBN Campinas, Gaspar disse que o principal medo da administração é que a área não seja repassada para o município e vendida para a iniciativa privada, como aconteceu na região da Estação Guanabara, próximo à Avenida Barão de Itapura.
Mas, como o prefeito Dário Saadi tem ido constantemente à Brasília discutir a questão pessoalmente, há uma grande expectativa de que o terreno seja entregue à prefeitura — apesar das eleições.
“A gente tem muita esperança que, ao conseguir essa concessão — que, segundo o prefeito, está bem adiantada — a gente consiga fazer essa requalificação do centro da cidade. A ideia é vender uma parte da área para conseguir a verba para requalificar o pátio”, disse.
A questão do pátio ferroviário é discutida há muitos anos na cidade, mas ganhou novos contornos depois da proposta de que o camelódromo seja transferido para o local.
O sindicato da categoria conseguiu a concessão de parte da área em 2020, mas até agora não há um projeto definido.
Agora, inclusive, há um impasse com relação a dois pátios, tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade.
Paulo Gaspar, que também é urbanista, não entrou no mérito dessa discussão. Só que ele pensa no que pode acontecer com a atual área onde os camelôs estão, na Rua Dr. Costa Aguiar
“A preocupação é que, ao saírem, entrem outros, e o problema continue. Precisamos pensar em alternativas para o terminal, para a região. O problema é que, a cada quatro anos, há uma mudança e não tem continuidade dos projetos”, explicou.
