Os casos de vandalismo no transporte público de Campinas voltam a preocupar as empresas. Segundo um levantamento do SetCamp, os casos aumentaram 200% em 2022. O levantamento das concessionárias de transporte público de Campinas aponta que o registro era de, em média, 10 casos por dia no ano passado. Já neste ano, o número subiu para cerca de 30.
De acordo com o diretor de comunicação e marketing do SetCamp, Paulo Barddal, entre as ocorrências que se intensificaram, estão as pichações, assentos rasgados e lacres de emergência quebrados.
Entre os motivos para esse aumento de casos, as empresas de transporte metropolitano e urbano apontam o retorno das aulas presenciais. “As linhas que servem a estudantes concentram a grande maioria dos casos de vandalismo, além daquelas que atendem a bairros periféricos. Ou seja, exatamente os que mais precisam do serviço”. explica Barddal.
O gasto com reparos chega a R$ 150 mil por mês, o que inclui mão de obra, peças, produtos de limpeza, além do remanejamento de equipes que poderiam estar em outras atividades, como trabalho preventivo e melhoria do serviço para a população. Além disso, Barddal explica que esse valor, que poderia ser investido na compra de novos veículos, acaba gerando um alto custo, que reflete até no preço da tarifa.
Entre as linhas mais afetadas, estão a 115 (Adhemar de Barros / Terminal Central), 120 (Terminal Ouro Verde / Terminal Central), 131 (Terminal Vida Nova / Corredor Central), 190 (Jardim São Domingos / Corredor Central) e 191 (Jardim Fernanda / Terminal Central), 391 (Nova Sousas / Estação Expedicionário) e Linhas de Barão Geraldo que passam por escolas.
