O que você leva em consideração quando precisa escolher o que vai almoçar quando está no trabalho presencial ?
Para você, estar fora de casa é uma boa desculpa para fazer uma refeição no seu restaurante preferido ou você não abre mão do tempero caseiro ?
A jornalista Rebeca de Freitas gosta de garantir que os alimentos que ela vai comer foram preparados de maneira adequada, por isso ela leva marmita para o trabalho. O hábito também ajuda a economizar dinheiro.
“Apesar de receber o vale-refeição, eu costumo levar marmita, isso gera uma economia porque o preço médio da refeição cresceu muito no Brasil. Em qualquer padaria ou restaurante a média de preços sempre varia em torno de R$40. Eu já cortei até delivery durante os finais de semana por conta dos preços salgados.”
Em Campinas, para consumir um prato feito, uma bebida (água, refrigerante ou suco), uma sobremesa e uma xícara de café, o trabalhador paga, em média, R$ 41,35. O valor supera a média nacional que é R$ 40,64. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).
Outro levantamento, desta vez da Sodexo Benefícios e Incentivos, aponta que 65% dos trabalhadores levam marmita para o emprego. O principal motivo para 33,15% deles é financeiro.
Segundo o economista Roberto Brito de Carvalho, com a inflação em alta, os trabalhadores preferem guardar os vales refeição e alimentação para abastecer as despensas.
“Nós estamos falando de uma inflação, nos últimos doze meses, de 11.89%, enquanto que o aumento do preço da alimentação fora de casa aconteceu em 7.55%. Só que, do outro lado, o vale-refeição e o vale-alimentação não têm sido reajustados, assim como o salário. O aperto do salário tem feito com que as pessoas usem os vales para ajudar no orçamento doméstico.”
Segundo a Sodexo, no primeiro semestre deste ano, as empresas de todos os portes aumentaram, em média, 4,20% o valor do crédito do vale-refeição e 8,82% do vale-alimentação.
