Com a alta do preço das roupas, especialmente de itens infantis, que costumam ser ainda mais caros, apesar de, em teoria, usarem menos tecido, muitos pais estão tentando economizar de várias formas. Com isso, os estabelecimentos de moda circular ganharam destaque.
A ideia é comercializar peças usadas ou oferecer vouchers na troca de roupas usadas por outros itens na loja. Como as crianças perdem as roupas muito rápido, as peças comercializadas são praticamente novas e até 80% mais baratas.
De acordo com Márcio Pedrosa, proprietário de uma rede que tem lojas em Campinas, Indaiatuba, Valinhos e Itu, o crescimento de 2017 para cá praticamente dobrou. “O consumidor está aderindo a este hábito de consumo, principalmente nos últimos anos, com a crise econômica”.
Ele conta que o termo brechó foi substituído por moda circular, uma tendência que ele trouxe da Europa. As peças são higienizadas e embaladas como se fossem novas e não são aceitas se tiverem defeitos. Os ambientes das lojas também estão cada vez mais próximos das de shoppings.
A comerciante de Valinhos, Samira Ayek, é franqueada de uma rede deste tipo de Comércio em Valinhos. Ela conta que ao longo do último ano, o crescimento na procura foi de 30%. “Entre as vantagens desse tipo de negócio, está a sustentabilidade e a economia”.
Bruno Vasconcelos é um exemplo deste tipo de consumidor. “Só vejo vantagens neste tipo de compra”. O setor de vestuário está entre os produtos que mais puxaram a inflação neste ano, com uma das maiores altas, de 10,69%.
