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Após 22 anos, ONG Hospitalhaços encerra as atividades

Divulgação

Chega ao fim um dos mais elogiados trabalhos voluntários em Campinas a região. A ONG Hospitalhaços, que durante 22 anos levou alegria em suas ações nos hospitais de nossa região, anunciou o encerramento das atividades.

De acordo com uma nota divulgada pela ONG, a pandemia impediu a continuidade do trabalho nos hospitais, e causou o esfacelamento interno em todos os setores da ONG, levando à dispensa de colaboradores e prestadores de serviços.

O mandato da última diretoria se encerrou em setembro de 2021, e não houve interesse da parte dos voluntários em constituir nova chapa para comandar a ONG nos três anos seguintes. Com isso, após a realização de duas assembleias, foi decidida a dissolução da Associação Hospitalhaços. Além da região de Campinas, a ONG atuava também no Rio de Janeiro e Pernambuco.

Ninguém ligado diretamente à ONG aceitou falar com a CBN sobre o assunto. Mas nossa reportagem conversou com algumas pessoas que acompanharam o trabalho ao longo dos anos. Sônia Teixeira, responsável pelas relações públicas do Hospital PUC-Campinas, destaca a importância do trabalho que era realizado pela ONG. “Uma parceria de mais de 15 anos que trouxe muita alegria para o hospital, a gente deixa nossa gratidão a todos os voluntários ao longo desses anos”.

Samantha Nobre, psicóloga do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu, lamenta o fim da associação. “É uma notícia muito triste que traz prejuízos muito significativos, eles ajudavam de forma lúdica a amenizar o sofrimento, eles passavam e deixavam o hospital mais alegre, mais leve”.

A psicóloga Gabriela Marsaioli fala sobre como a ausência do trabalho nos hospitais após tanto tempo pode impactar a rotina dos pacientes que eram atendidos. “Perde-se um pouco a alegria, a esperança, pois querendo ou não, a presença deles fazia com que pacientes e funcionários tivessem mais esperança e saíssem um pouco daquele ambiente pesado”.

De acordo com a associação, 35 mil atendimentos eram realizados em média por mês em mais de 30 hospitais. Participavam das ações palhaços e brinquedistas.

A maior parte dos recursos da ONG tinha origem em leis de incentivo: 67% do total. Em seguida vinham os eventos, com 15%, e 13% com bazares. Os 5% restantes vinham de palestras e doações. Da verba arrecadada, 40% era utilizada em despesas de pessoal, 36% em treinamentos e 24% em infraestrutura e manutenção.

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