O número de moradores de Campinas em situação de pobreza e extrema pobreza aumentou. Atualmente, 258 mil e 100 pessoas estão inscritas no Cadastro Único. O acréscimo é de 9 mil e 200 munícipes em comparação com o ano passado.
De acordo com a secretária de Assistência Social Vandecleya Moro, a volta da obrigatoriedade de atualização dos cadastros é um dos fatores que contribuiu para o aumento.
“Durante esse período da pandemia, os dois anos, não houve atualização cadastral, o governo suspendeu essa atualização, ou seja, as pessoas continuariam recebendo sem atualizar. Esse ano, voltou a necessidade da atualização, então mais famílias procuraram para não perder o benefício. Então nós vimos uma ampliação do número de famílias cadastradas para poder ter acesso a esses benefícios.”
O Cadastro Único é a porta de entrada para programas sociais dos governos federal, estadual e municipal, como o Auxílio Brasil, o Vale Gás e o Cartão Nutrir, respectivamente.
Dados do Mapa da Pobreza, da Secretaria de Assistência Social, apontam que, entre 2019 e 2022, o número de moradores que precisam de algum benefício social subiu 25,59%, o que equivale a 52 mil e 600 munícipes a mais.
Em 2019, 205,5 mil pessoas estavam no Cadastro Único. Em 2020, o número passou para 220,3 mil. Em 2021, eram 248,9 cadastros, e, em maio deste ano, o número chegou a 258,1 mil pessoas de 107 mil famílias.
Ainda segundo o levantamento, a região Sul de Campinas concentra o maior número de famílias em situação de vulnerabilidade, com 74 mil cadastros. Em seguida, estão as regiões Sudoeste e Noroeste. Juntas, as três regiões concentram 75% das famílias mais pobres do município.
Para fazer a inscrição no Cadastro Único, o interessado deve agendar o atendimento em uma unidade CRAS ou DAS por meio do número 156. O cadastro fica aberto a todos durante o ano inteiro.