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Cetesb sugere ação conjunta no caso do condomínio no bairro Mansões Santo Antônio

Foto: Valéria Hein

A Construtora Concima cobrou da Secretaria de Meio Ambiente de Campinas a responsabilidade sobre a operação sistema de extração de vapores do Condomínio Residencial Parque Primavera, no bairro Mansões Santo Antônio, que estaria ocorrendo de forma irregular, o que causou a interdição de dois apartamentos e uma da área do playground no início da semana.

Este sistema foi instalado como forma de resolver a contaminação ocorrida na área do empreendimento imobiliário, onde prédios foram erguidos pela construtora num terreno onde antes funcionava a Indústria Proquima, de produtos químicos.

A secretaria atribui ao condomínio a responsabilidade pela operação do sistema de extração de vapores, alegando que houve essa notificação, em 29 de junho de 2020, ao síndico do condomínio. No entanto, os moradores afirmam nunca terem sido notificados sobre essa responsabilidade.  

A CBN Campinas conversou com pessoas ligadas à Construtora Concima, que preferiram não gravar entrevista, mas que acusam a secretaria de Meio Ambiente de não cumprir com as determinações que cabem a ela, querendo empurrar para os moradores e a própria construtora responsabilidades que não as pertencem.

No entanto, Rogério Menezes, Secretário do Verde e Meio Ambiente de Campinas, rebateu a acusação, afirmando que responsabilidade originária é da Cosima e a prefeitura só agiu naquele momento por causa do  interesse público em resolver a urgência na época. 

A Concima alega ter feito o que lhe foi determinado, investindo no sistema de extração de vapores, que está instalado e funcionando, e cumpriu todas as determinações da Cetesb feitas na época.

Com relação à contaminação no condomínio, informou, se baseando também em relatórios encaminhados à reportagem, que em mais de 20 anos desde a descoberta do caso, nunca houve registro de moradores contaminados ou que tenham tido algum problema com os gases tóxicos.

A Concima alega que, quando comprou a área, a Proquima já não estava mais operando há 10 anos e que a prefeitura deu o Habite-se e um documento que apontava que não “havia” contaminação na área.

Já a CETESB se reuniu na prefeitura de Campinas com representantes da Secretaria municipal do Meio Ambiente para tentar solucionar o caso, visando a retomada da operação do sistema de extração de gases e a complementação de investigação detalhada e avaliação de risco e sugeriu uma ação conjunta e uma união de esforços de órgãos públicos e também do Poder Judiciário, no sentido de  responsabilizar e obrigar as empresas Concima Construtora e Indústria Proquima a arcarem com as ações de gerenciamento ambiental da área.

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