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Direção de escola nega ajuda a aluno que toma remédio tarja preta

Foto: Google Street View

A mãe de um aluno da Escola Estadual Adalberto Prado e Silva, na Vila Costa e Silva, em Campinas, entrou em contato com a CBN para pedir ajuda.

Carina Luna é mãe de um menino de 11 anos que tem diagnóstico de TDAH, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. 

De acordo com Carina, a criança precisa tomar um remédio tarja preta duas vezes por dia.

A primeira dose ela mesma oferece ao menino ainda em casa. O problema que ela enfrenta é que a direção da escola se recusa a lembrar o aluno de que ele precisa tomar o remédio mais uma vez, durante o período da tarde.

Segundo Carina, sem a medicação, o menino fica hiperativo e os professores o retiram da sala, o que prejudica o aprendizado do estudante.

“Se ele não toma essa medicação, ele fica incontrolável e é óbvio que os professores não vão suportar e vão colocá-lo para fora [da sala]. Então, eu já fui várias vezes na escola. Eu fui na diretoria de ensino, conversei com a supervisora e ela falou que a escola não é obrigada a dar medicação, nem olhar, e que ele tem que levar um celular para ver a hora do remédio ou um parente fosse na escola para dar a medicação.”

Em entrevista à CBN, o pediatra e neurologista Clay Brites explicou que o TDAH tem fatores genéticos e que alunos com o transtorno correm mais risco de abandonar a escola.

“O indivíduo nasce com uma predisposição, principalmente genética, e, em algum momento da vida em que a demanda de atenção aumenta, pode começar a ter prejuízo. A escola é o lugar em que mais essas pessoas demonstram uma dificuldade realmente significativa. Pesquisas mostram que indivíduos com TDAH têm quatro vezes mais risco de reprovação; três vezes mais risco de evasão escolar e oito vezes mais risco de não concluir a faculdade.”

A CBN entrou em contato com a Secretaria de Educação do Estado. No mesmo dia, diretores de ensino chamaram Carina para uma reunião e a informaram de que os funcionários da Escola Estadual Adalberto Prado e Silva vão passar a informar regularmente o aluno sobre o período em que deve tomar a medicação, de acordo com a prescrição médica.

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