A presença de imigrantes em Campinas quase dobrou na primeira metade deste ano, na comparação com todo o ano passado, principalmente de Haitianos e Venezuelanos. Os dados são da prefeitura, baseados no atendimento a imigrantes em situação de vulnerabilidade.
O registro até a metade de 2022 foi de 1.913 pessoas atendidas, enquanto em todo o ano de 2021, houve 568. Os dados consideram um registro por pessoa, mesmo que ela tenha passado por vários atendimentos. No caso dos Haitianos, foram 427 pessoas atendidas até 31 de junho deste ano. Em todo o ano passado foram 285.
Já os Venezuelanos, foram 493 este ano e 188, em 2021. Neste caso, eles contam que a fome na Venezuela é o principal motivo para a vinda ao Brasil e a falta de emprego aqui no país os obriga a ter que pedir ajuda nas ruas.
Eles explicam que Campinas é a preferência de grande parte dos venezuelanos por ter uma população muito acolhedora, que não se nega a ajudar. “Na Venezuela, passávamos fome. Aqui em Campinas é muito bom. Aqui tem comida. Rapazes e moças nos ajudam e conseguimos mandar ajuda para parentes na Venezuela”.
Um Levantamento feito no ano passado pela secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos aponta que 1,3% dos moradores de rua de Campinas são de outros países.