Num terreno cedido pelo Instituto Agronômico de Campinas, por meio de um convênio com a Prefeitura, funciona a Usina Verde, na região dos Amarais. No local é feito o processamento de lodo da Sanasa e de poda recolhida pelo DPJ, evitando que tenham como destino os aterros sanitários.
Através da compostagem, esse material é transformado em adubo orgânico, utilizado nas áreas verdes da cidade, para o plantio de grama, flores e mudas de árvores em parques, bosques e em canteiros e na produção de mudas e arbustos, no Viveiro Municipal. Além disso, é utilizado em campos de plantações, como trigo e feijão para pesquisas do IAC, sobre fertilidade e experimentos com sementes.
De acordo com o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, essas pesquisas comprovaram a eficácia e qualidade deste adubo orgânico, que pode, inclusive, substituir o NPK que com a guerra na Ucrânia tem sumido do mercado.
A ideia é vender esse produto para gerar renda aos cofres públicos. Há 50 mil toneladas de adubo armazenadas, prontas para serem comercializadas e um edital de licitação está sendo preparado para isso. A Usina Verde recebeu até o registro do Ministério da Agricultura para comercializar o adubo orgânico que produz.
No entanto, o principal benefício da Usina é para o Meio Ambiente. Paulella explica que esse material, quando é destinado aos aterros, libera um gás tóxico que agride a atmosfera. A Usina processa, diariamente, 100 toneladas de resíduos, que rendem cerca de 30 toneladas do composto. O próximo passo é ampliar para 220 toneladas. A usina já tem capacidade para isso e aguarda autorização da Cetesb.