Uma situação incomoda há anos moradores e motoristas que circulam na região do Jardim Itatinga, em Campinas. Trata-se de um complicado cruzamento entre as ruas Eldorado e Hermínio Antônio da Silva e uma alça de acesso da rodovia Santos Dumont. As vias são de mão dupla, complicando o entendimento entre os motoristas.
O aposentado Josué da Silva mora na região, e critica a desorganização do local. “É um cruzamento indiano, ali é um vai e vem muito complexo, você tem que ter muita atenção, se não é batida uma atrás da outra”.
Paulo Henrique Coelho trabalha próximo ao local e tem de trafegar por ali diariamente. “É muito perigoso, já morreu muita gente, muitos acidentes acontecem, devido à falta de sinalização, se tivesse sinalização melhorava 100%, todo dia é complicado entrar e sair, se ficar 10 minutos aí na frente você vê várias irregularidades, e moto é direto, já morreu um aqui, outro ali também, então é com frequência, né?”
A Professora Cleusa Barbosa da Silva ressalta que a situação no local é complicada também para os pedestres. Frequentemente ela precisa atravessar o cruzamento para acessar um ponto de ônibus na Santos Dumont. “Como eu vou para o Ouro Verde tenho de pegar o 117, mas quem vai para os outros bairros tem de atravessar a rodovia, fica um pouco complicado”.
A Emdec refez a sinalização na Rua Eldorado tentando controlar o tráfego da região, mas o grande fluxo de veículos complica a situação. Em nota, a Emdec ressaltou que houve o reforço da sinalização no local, e informou haver um estudo preliminar que prevê a implantação de uma agulha de acesso do bairro para a Rodovia Santos Dumont. Com isso, o dispositivo serviria como segunda alternativa para a ligação entre o Jardim Itatinga e a rodovia, desafogando o tráfego que se concentra no referido cruzamento. Segundo a Emdec, o projeto está em fase inicial de estudos e será discutido com a concessionária AB das Colinas.
A AB Colinas se manifestou por meio de nota afirmando que o cruzamento está fora da faixa de domínio da concessionária, e que a alça de acesso está devidamente sinalizada com placas e sinalização de solo, respeitando as diretrizes do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) e da ARTESP (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo).
Outra reclamação dos motoristas e moradores da região é a falta de uma marginal naquele trecho da Santos Dumont. O projeto é prometido desde 2014 pelo Governo do Estado, mas ainda não saiu do papel.
Sobre isso, a AB Colinas informou por meio de nota que a obra de ampliação das marginais da Rodovia Santos Dumont entre o quilômetros 70 e 77, em Campinas, não está prevista no contrato de concessão, mas informou haver um projeto para a realização da obra, e a concessionária diz aguardar a inclusão do projeto no contrato de concessão por parte da ARTESP. A concessionária ressaltou que até que esse processo seja concluído, não há previsão para o início dos trabalhos.
Já a Artesp informou que já há projeto executivo para a realização da obra, e ele está em fase de preparação da documentação para aprovação do poder concedente para que a obra seja realizada pela concessionária. O término do atual contrato de concessão da AB Colinas se dará em julho de 2028.
