PF cumpre mandados em Campinas contra esquema bilionário de fraudes

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal, realiza na manhã desta quinta-feira uma operação para reprimir crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e associação criminosa, entre 2017 a 2021, e que ainda persistem.

Os policiais cumprem as ordens judiciais em sete estados. Em São Paulo, são cumpridos mandados na capital, Guarulhos, Franca, Santo André, Mogi das Cruzes, Barueri e Campinas, onde, segundo a PF, são quatro mandados.

São 101 determinações judiciais expedidas pela 6ª Vara Criminal de São Paulo. Ao todo, são duas de prisão preventiva, 37 mandados de busca e apreensão, sendo 22 pessoas físicas e 15 jurídicas. 

Além dos mandados de busca e apreensão, foi determinado o bloqueio de bens e valores dos investigados no valor aproximado de R$ 1,247 bilhão. Também foi determinado a 28 Exchanges, com atuação no Brasil e no exterior, o sequestro de ativos virtuais titularizados pelos investigados e que, eventualmente, estejam na posse dessas. 

Dentre as pessoas jurídicas, destacam-se mandados de busca em seis Exchanges (que são uma espécie de agência de câmbio), quatro instituições financeiras e três escritórios de contabilidade. 

Um único contador era responsável por mais de 1.300 empresas , sendo a maioria, de fachada. De acordo com a PF, ele teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão com os arbitradores e as Exchanges investigadas. 

A organização criminosa era dividida em três áreas, sendo que cada uma era responsável por uma frente de trabalho. A primeira, pela compra de ativos virtuais no exterior e a venda no Brasil. A segunda, pela compra dos ativos dos agentes de mercado e a revenda para pessoas físicas e jurídicas. Já o terceiro grupo, era formado por empresas de fachada que adquiriam os criptoativos das agências de câmbio com a finalidade de lavagem de dinheiro.

As investigações apontaram que, após cada operação policial realizada, as empresas de fachada comprometidas eram fechadas e novas empresas abertas, de modo a viabilizar a continuidade da movimentação dos valores de origem ilícita. 

Ao longo das investigações, verificou-se que em um período de quatro anos os investigados movimentaram mais de R$ 61 bilhões através do sistema bancário formal. As investigações apontam, ainda, que a movimentação de recursos só foi possível porque várias instituições financeiras que movimentaram recursos com os investigados apresentaram falhas em seus sistemas de Compliance. Ao todo, mais de 40 instituições financeiras movimentaram recursos dos investigados. 

Os crimes em apuração vão desde evasão de divisas, lavagem de dinheiro a associação criminosa dentre outros, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão. 

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