O Coren – Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo – vai apurar se houve omissão de socorro ao morador de Sumaré, que morreu após passar mal na calçada, quase em frente à UPA Matão. O caso, na última sexta-feira, mobilizou as pessoas que estavam no local, que solicitaram o socorro da unidade.
Mas, enquanto o morador, de 51 anos, aguardava inconsciente na calçada, funcionários da UPA teriam alegado não terem autorização para o atendimento de ocorrências externas, sendo necessário acionar o SAMU. A viatura chegou em cerca de 10 minutos, mas o paciente acabou não resistindo.
O presidente do Coren-SP, James Francisco dos Santos, informou que o código de ética da profissão proíbe negar assistência em caso de urgência, por isso será instaurado um processo ético-profissional e uma sindicância vai apurar a conduta dos profissionais de enfermagem.
No entanto, James Francisco alega ser preciso que a administração da UPA Matão abra um processo administrativo para saber quem recebeu o chamado para o atendimento, visando confirmar se realmente se trata de alguém no setor de enfermagem.
Outra apuração necessária, segundo ele, é para saber se a demora no atendimento foi determinante para a morte do paciente, além de identificar de quem partiu a regra que desautoriza o atendimento externo. Os usuários da UPA Matão não se conformam que um picante tenha morrido por falta de atendimento urgente em frente à unidade de saúde. José Ivanildo considera que houve uma grave irresponsabilidade.
Se forem constatados indícios de infração ética pelo Coren-SP, os envolvidos poderão receber desde uma advertência ou multa até cassação do exercício profissional.
A Prefeitura de Sumaré determinou a abertura imediata de sindicância para apurar o ocorrido, identificar e punir os responsáveis. A organização social responsável pela Unidade de Saúde, contratada por licitação, está sendo cobrada para esclarecimentos. A Administração Municipal informou ainda que presta solidariedade à família