A primeira mulher à frente da Câmara de Campinas em 224 anos, Débora Palermo (PSC), que é a atual presidente em exercício, enfrenta o desafio de conduzir os trabalhos do Legislativo, em meio a uma CPI em andamento na Casa.
A Comissão Parlamentar de Inquérito tem o objetivo de investigar os contratos da Câmara com prestadores de serviços, após investigação do MP de suspeita de cobrança de propina.
O presidente da Câmara, vereador Zé Carlos, do PSB, pediu afastamento após a divulgação de áudios, nos quais ele supostamente estaria negociando vantagens pessoais para manter contratos.
Como Debora é a primeira vice-presidente, ela passou a exercer a função de presidente em exercício numa situação que ela descreve como um turbilhão. No entanto, ela considera que após o afastamento de Zé Carlos, a situação aos poucos tem se acalmado e afirma ter procurado estabelecer o equilíbrio na Casa, tentando melhorar as pautas, incluindo as de maior interesse para a sociedade de campinas.
Débora Palermo afirma que a atenção aos contratos com os prestadores de serviços foi redobrada e que eles estão sendo avaliados junto aos procuradores da Casa. Ela classifica como principal desafio, resgatar a credibilidade do Legislativo de Campinas.
No dia 28 deste mês termina o prazo de 30 dias do afastamento solicitado por Zé Carlos. No entanto, Débora Palermo poderá permanecer como presidente em exercício, caso haja uma prorrogação, que ainda não se sabe se ocorrerá.
Débora Palermo ainda não definiu se pretende disputar a presidência da Câmara para o próximo biênio, mas espera que quem assumir o posto privilegie a transparência e a seriedade para que o Legislativo de Campinas nunca mais passe por esta situação que enfrenta hoje.