As falhas apontadas no edital de licitação do transporte público de Campinas pelo Idec, uma ONG de defesa do consumidor, fazem sentido, na análise da Comissão de Estudos do Transporte Público na Câmara de Campinas. O Idec apontou que o texto do edital não atingiu as expectativas de garantir um serviço de ônibus melhor e mais barato para a população.
Entre os tópicos questionados, a entidade aponta que o documento não inclui incentivos para a frota elétrica, não explica o cálculo da remuneração das empresas que vão operar o sistema, não prevê o subsídio da prefeitura para financiar o serviço e baratear a tarifa e não define critérios adequados de participação social.
O vereador Cecílio Santos, do PT, presidente da Comissão de Estudos do Transporte Público na Câmara de Campinas, concorda ser de difícil compreensão o cálculo da remuneração das empresas que consta no edital. No entanto, ele considera ter sido um avanço passar a ser controlada pelo poder público.
Cecílio concorda também com o questionamento do Idec quanto ao subsídio, que continua no novo edital, mas com valores fixos. Ele considera que é preciso haver flexibilidade nos valores do repasse, considerando a possibilidade da receita das empresas aumentarem. Apesar disso, Cecílio acredita que o projeto deve sair no último prazo previsto, até 31 de dezembro
