O Colégio Porto Seguro, de Valinhos, emitiu uma nota na noite desta sexta-feira e informou que após apuração interna, oito alunos acusados de racismo, xenofobia e apologia ao nazismo foram desligados da instituição.
A escola disse que apurou manifestações de alunos em redes sociais e desligou os jovens.
A história veio a público na terça-feira, quando a mãe de um aluno do mesmo colégio denunciou o caso.
O rapaz negro foi adicionado por colegas do Colégio Porto Seguro, em um grupo de Whatsapp logo após as eleições.
No grupo, chamado “Fundação Antipetismo”, foram enviadas várias mensagens e imagens de teor racista, xenofóbico contra nordestinos, e até com referências ao ditador nazista, Adolf Hitler, e também ao fascista Benito Mussolini.
Foram enviadas mensagens como “Quero que esses nordestinos morram de sede”, outra em defesa da “Reescravização do nordeste”, uma foto de Hitler com a frase “Se ele fez com judeus, eu faço com petista também”, dentre várias outras imagens e stickers com referências nazistas e fascistas.
A mãe do jovem, a advogada Thaís Cremasco, afirma que o filho era o único negro no grupo, e que as mensagens seriam para atingi-lo. Por isso, com os prints das conversas do grupo fez a denúncia à Polícia Civil.
A Secretaria da Justiça e Cidadania do Governo Estado também abriu um expediente de investigação nesta quinta-feira (4) para apurar o caso e com isso os acusados podem ser multados em até R$ 95 mil.
A CBN Campinas entrou em contato com o advogado Ralph Tórtima Filho, que representa cinco dos estudantes desligados do colégio. Em nota, ele negou as acusações e disse que a decisão surpreende e que houve precipitação no desligamento dos alunos. A defesa disse que não houve o direcionamento de ofensa racial a qualquer aluno da escola e que aconteceu a evidente distorção dos fatos por quem os denunciou. O advogado enfatiza que os alunos não tiveram a oportunidade de serem ouvidos e que o aspecto comercial preponderou na decisão do Colégio.