A advogada Thaís Cremasco, mãe do adolescente vítima de racismo, postou um vídeo nas redes sociais no qual exaltou a decisão do Colégio Visconde de Porto Seguro, de Valinhos, de desligar os oitos alunos que são acusados de racismo, xenofobia e apologia ao nazismo.
A história veio a público na terça-feira, quando a advogada denunciou o caso. O filho dela negro foi adicionado por colegas do Colégio Porto Seguro, em um grupo de Whatsapp logo após as eleições.
No grupo, chamado “Fundação Antipetismo”, foram enviadas várias mensagens e imagens de teor racista, xenofóbico contra nordestinos, e até com referências ao ditador nazista, Adolf Hitler, e também ao fascista Benito Mussolini.
Thaís Cremasco afirma que o filho era o único negro no grupo, e que as mensagens seriam para atingi-lo. Por isso, com os prints das conversas do grupo fez a denúncia à Polícia Civil e desde então cobrava a escola pelo desligamento dos estudantes.
Na noite nesta sexta, o Colégio Porto Seguro emitiu uma nota e informou que após apuração interna, oito alunos acusados de racismo, xenofobia e apologia ao nazismo foram desligados da instituição. A escola disse que apurou manifestações de alunos em redes sociais e desligou os jovens.
Com a decisão, a advogada Thaís Cremasco voltou a se pronunciar, agradeceu as mensagens e disse que vai continuar acompanhando o desenrolar do caso.
A CBN Campinas entrou em contato com o advogado Ralph Tórtima Filho, que representa cinco dos estudantes desligados do colégio. Em nota, ele negou as acusações e disse que a decisão surpreende e que houve precipitação no desligamento dos alunos. A defesa disse que não houve o direcionamento de ofensa racial a qualquer aluno da escola e que aconteceu a evidente distorção dos fatos por quem os denunciou. O advogado enfatiza que os alunos não tiveram a oportunidade de serem ouvidos e que o aspecto comercial preponderou na decisão do Colégio.