É ruim a expectativa dos empresários do setor da indústria da Região de Campinas para o próximo ano. Metade dos que foram consultados pela Regional Campinas do Ciesp acredita que, na comparação com 2022, haverá ‘piora nas atividades em que atuam’. Já 14% das associadas assinalaram ‘melhora’, 14% avaliaram como ‘igual’ e 22% ‘não têm avaliação’.
A expectativa para a Economia Brasileira em 2023 é ainda mais negativa para o setor. Na comparação com 2022, 64% das associadas esperam um ano ‘pior’, 7% ‘melhor’, 7% ‘igual’ e 22% ‘não têm avaliação’. O diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, explica que os dados são da última pesquisa de sondagem industrial de 2022.
A pesquisa apontou ainda que 43% das empresas associadas tiveram queda no faturamento em novembro, na comparação com o mês anterior. Permaneceu estável para outros 43% e aumentou para 14%. De acordo com José Henrique Toledo Corrêa, o volume de produção atual aumentou apenas para 7% das associadas.
A expectativa para a balança comercial regional também não é animadora. O Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas prevê dificuldades para 2023, com aumento das barreiras de proteção comercial e também instabilidade do câmbio.
A corrente de comércio exterior regional (soma das exportações e importações) em outubro deste ano foi de US$ 1,6 bilhão – 23,1% maior que em outubro do ano passado. Os principais municípios exportadores no período foram, Campinas, com 29,8%, Paulínia (28,1%), Sumaré (9,9%), Mogi Guaçu (7,9%) e Valinhos (5,1%). Já os municípios que mais importaram foram: Paulínia (49,5%), Campinas (21,7%), Sumaré (8,5%), Hortolândia (7,6%) e Jaguariúna (5,2%).
Os três principais segmentos exportadores foram caldeiras, aparelhos mecânicos, produtos farmacêuticos, plásticos e derivados. Os principais segmentos importadores foram produtos químicos, máquinas, materiais elétricos e aparelhos de gravação e reprodução.