O vereador Luiz Carlos Rossini, do PV, foi eleito presidente da Mesa Diretora da Câmara de Campinas para o biênio 2023-2024, com a missão de apaziguar os ânimos e tentar resgatar a credibilidade da casa de leis após as denúncias de corrupção em contratos terceirizados.
Luiz Carlos Rossini é o atual líder de governo de Dário Saadi na Câmara, posição que já ocupou na administração Jonas Donizette. O vereador contava com o apoio do 4º andar.
Rossini recebeu 21 dos 33 votos possíveis. Ele disputou a presidência com a vereadora Guida Calixto (PT), que recebeu cinco votos; com a atual presidente Débora Palermo (PSC), que teve três votos; e com o vereador Marrom Cunha (SDD), que recebeu um voto.
A primeira secretaria ficou com o vereador Rodrigo da Farmadic (UNIÃO) e a segunda com o vereador Juscelino da Barbarense (PL). Para a terceira secretaria, os parlamentares elegeram Marcelo da Farmácia (AVANTE) e para a quarta o vereador Edison Ribeiro (UNIÃO).
A mesa diretora ainda tem Carlinhos Camelô (PSB) como o primeiro vice-presidente e Arnaldo Salvetti (MDB) o segundo vice. Já Fernando Mendes (REPUB) assumirá a Corregedoria da Casa e terá como substituto o vereador Jair da Farmácia (SDD).
Após a confirmação dos nomes dos membros da nova Mesa Diretora, Rossini afirmou que vai criar um Colégio de Líderes para assessorá-lo sobre quais propostas devem ter prioridade para votação no plenário e que vai manter uma relação independente com o Poder Executivo.
A vereadora Guida Calixto, que recebeu apenas votos da bancada de esquerda, afirmou que espera que Rossini mantenha o diálogo com todos os partidos e que vote projetos além dos de interesse do prefeito Dário Saadi.
Já a presidente Débora Palermo, que assumiu o legislativo no final setembro com a renúncia de Zé Carlos, atingido por denúncias de corrupção, não mostrou otimismo após a derrota.
Luiz Carlos Rossini tem 67 anos, é paulistano e mora há mais de três décadas em Campinas.
Formado em administração com especialização em orçamento e contabilidade pública, também é mestrando em Planejamento Energético e Meio Ambiente.
Entrou na política na década de 1980, com a abertura democrática em campanhas por eleições diretas, anistia política e o fim da ditadura. Filiou-se ao então PMDB e, indicado pelo núcleo do partido dos empregados da CPFL, foi candidato a vereador em 1988. Foi eleito e reeleito para os dois mandatos seguintes.
Atualmente é o vereador com maior número de mandatos na casa (seis, ao todo), e foi eleito para esta Legislatura, de 2021 a 2024, com 2570 votos.
Em 2000 foi candidato a prefeito de Campinas, ano em que o Toninho do PT venceu as eleições.