O Hospital de Clínicas da Unicamp começou em 2023 com superlotação e o principal motivo é o aumento da demanda espontânea. O atendimento de emergência em janeiro está 30% superior à capacidade, com 58 leitos do Pronto Socorro ocupados.
A procura é maior pelas especialidades de cardiologia, neurologia, ortopedia e cirurgias de urgência. A Unidade de Emergência Referenciada está trabalhando acima da capacidade instalada, com sobrecarga da área física.
A Superintendência do HC da Unicamp informou que diante desse cenário, reafirma sua finalidade para atendimento de casos graves referenciados de toda a região e conta com a compreensão da população até que a situação se normalize.
A crise econômica provocada pela pandemia foi apontada como a principal razão para o crescimento da demanda no HC, já que muitos não conseguem mais pagar convênios médicos. Em entrevista à EPTV, a superintendente do HC da Unicamp, Elaine Cristina de Ataíde, relata ainda que muitos destes atendimentos poderiam ser realizados em unidades básicas de saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que trabalha para melhorar a prestação de serviço, reabrindo leitos inativos, realizando mutirões e investindo na rede básica e na saúde digital para agilizar os atendimentos e desafogar as urgências. Elaine Cristina de Ataíde confirmou que há uma tratativa junto à secretaria de estado da saúde para tentar resolver o problema.
O HC da Unicamp, que é referência para casos de média e alta complexidade para Campinas e região, divulgou ainda um balanço que aponta um crescimento de 43% nos últimos quatro anos. Em 2019, foram 5.100 atendimentos de urgência e emergência, enquanto em 2022 o índice subiu para 7.300.
